ADOTAR ou NÃO ADOTAR?

Certo dia, num certo debate. Duas pessoas comparavam seus pontos de vista sobre eleições populares para o cargo de juiz de direito aqui no Brasil. ADOTAR ou NÃO ADOTAR?
Particularmente sempre vi com bons olhos que o nosso Brasil varonil precisaria adotar esse método de votação direta. Deparei-me com uma conversação que me esclareceu algumas dúvidas sobre o supracitado, relatarei abaixo apenas dois pontos importantes que rolou no diálogo.
De um lado, estava uma pessoa defendendo a nossa atual situação (os cargos do poder judiciário continuar sendo pleiteados por Magistrados selecionados através de provas). Em contrapartida, havia noutro lado uma pessoa defendendo a alteração no atual processo/método seletivo.
O discurso contra, alegava que o nosso atual processo democrático obrigatório, que escolhe do Vereador ao Presidente, teria que ser adotado também para eleição dos magistrados, como ocorre nos Estados Unidos (onde a escolha do magistrado é feita através de eleições). Porém, foi argumentado pela defesa que existem casos daqueles candidatos a cargo público que vendem ilicitamente o seu período de posse, em época de campanha, para o setor privado ou pessoa física, em troca de fundos que o ajude a ser eleito. E abrindo parênteses, acredito que isso mostra um pouco da imaturidade do brasileiro, e inclusive, diga-se de passagem, de quanto o Brasil é despreparado para ser menos burocrático.
A defesa deixou sem argumentos qualquer um que ali não estivesse em seu favor. Embora nossa federação tenha como modelo a federação Norte-americana. O sistema de eleição para a magistratura está em desuso no mundo inteiro e já não são mais todos os estados da Federação Norte-americana que adotam o sistema de votação direta. Em alguns países da Europa (como em Portugal, França, Itália e Espanha), os Juízes são selecionados através de concurso público.

Mote: Somos uma variável constante no universo. Há aqueles que mudam-se e outros que se mudam.