15/09/2009

LOCKE E O LIBERALISMO POLÍTICO

Texto extraído do livro Segundo Tratado Sobre o Governo (1960), em que Locke expõe suas idéias sobre o liberalismo político.

A liberdade natural do homem consiste em estar livre de qualquer poder superior na Terra (...), tendo somente a lei da natureza como regra. (...)
Sendo os homens, (...) por natureza, todos livres, iguais e independentes, ninguém pode ser expulso de sua propriedade e submetido ao poder político de outrem sem dar consentimento. (...)
Se o homem no estado de natureza é tão livre, conforme dissemos, se é senhor absoluto de sua própria pessoa e posses, (...) por que abrirá ele mão dessa liberdade (...) e sujeitar-se-á ao domínio e controle de qualquer outro poder? Ao que é óbvio responder que, embora no estado de natureza tenha tal direito, a fruição do mesmo é muito incerta e está constantemente exposta à invasão de terceiros (...); e não é sem razão que procura de boa vontade juntar-se em sociedade com outros (...) para mútua conservação da vida, da liberdade e dos bens a que chamam de “propriedades”.


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John Locke. Segundo tratado sobre o governo. In: Locke. São Paulo, Abril, 1978. p.43, 71, 82. Coleção Os Pensadores.

3 comentários:

Alexandre Lopes disse...

Tenho para mim que o homem nao é livre, ate onde gostaria de ser. E que a analise da liberdade deste homem suscita amarras e cadeias. Essa teorização da nossa pseudo liberdade so limita o campo dos nossos desejos e vontades primitivas. O homem nao pode ser livre, pois, seria como deixar um animal instintivamente selvagem à solta, preste a devorar tudo a sua volta.

Alexandre Lopes disse...

Tenho para que o homem nao é livre ate onde gostaria de o ser. E teorizar essa pseudo liberdade só suscitará amarras e cadeias que limitam os desejos e vontades mais primitivas. O homem nao pode ser livre, pois, seria como uma fera instintivamente selvagem, preste a devorar tudo a sua volta!

Alexandre Lopes disse...

Tenho para que o homem nao é livre ate onde gostaria de o ser. E teorizar essa pseudo liberdade só suscitará amarras e cadeias que limitam os desejos e vontades mais primitivas. O homem nao pode ser livre, pois, seria como uma fera instintivamente selvagem, preste a devorar tudo a sua volta!